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Frigorífico da JBS, localizado em Itaiópolis, retomou normalmente as atividades de abate após alguns dias de paralisação
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JBS -
Segundo informações da TOP FM Itaiópolis, nesta quarta-feira (12), o frigorífico da JBS, localizado em Itaiópolis, retomou normalmente as atividades de abate após alguns dias de paralisação.De acordo com informações de funcionários e líderes de alguns setores, o abate iniciou hoje no segundo turno, e a previsão é de que amanhã (13) o trabalho volte à normalidade, mas ainda de forma reduzida.Segundo informações de líderes da empresa, o ritmo deve ser retomado gradualmente nos próximos dias. A paralisação gerou preocupação entre produtores e avicultores integrados, já que a interrupção no abate impacta diretamente o cronograma das granjas.Com os frigoríficos operando abaixo da capacidade, muitos lotes de frangos acabam ultrapassando o peso médio ideal para o abate, o que traz uma série de desafios técnicos e econômicos.Do ponto de vista produtivo, quanto mais tempo o frango permanece no aviário, maior é o consumo de ração, e menor é a eficiência alimentar ou seja, o animal consome mais alimento sem converter na mesma proporção em ganho de peso.Além disso, o atraso no esvaziamento das granjas impede o alojamento dos novos pintinhos, comprometendo o início do próximo ciclo de produção e atrasando o fluxo de renda dos produtores.Especialistas explicam que esse tipo de situação, quando se prolonga, pode causar desequilíbrio na cadeia de integração, que depende da regularidade entre os abates e o fornecimento de novos lotes. Em alguns casos, o aumento do peso dos frangos também eleva o risco de problemas de bem-estar animal e de perdas durante o transporte e processamento.A paralisação ocorreu nos últimos dias após o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ingressar, no final de outubro, com quatro ações civis públicas pedindo liminares contra a CELESC Geração S/A, o Serviço de Limpeza Urbana de Mafra (SELUMA), a JBS/Seara Alimentos Ltda., o Município de Mafra, o Estado de Santa Catarina e o Instituto do Meio Ambiente (IMA).As ações buscam cessar atividades poluidoras na região do Rio São Lourenço, em Mafra. Dias após o ingresso das ações, a Justiça catarinense deferiu liminares em três delas, determinando medidas emergenciais contra a SELUMA, a JBS/Seara e a CELESC, identificadas como responsáveis pela degradação ambiental no rio.As medidas judiciais fazem parte do Inquérito Civil n.º 06.2025.00004464-9, que apura danos ambientais, sociais e morais coletivos.Análises da Polícia Militar Ambiental, CODEPLAN e IMA apontaram contaminação hídrica significativa, com altos índices de coliformes termotolerantes e nutrientes acima dos limites legais.O cenário começou a chamar atenção no início de 2025, quando imagens do reservatório da Usina São Lourenço mostravam o local coberto por um “tapete verde”, resultado do acúmulo de algas e da degradação da água.A equipe de jornalismo da Rádio TOP FM relembra que a paralisação ocorreu em meio às investigações sobre supostos danos ambientais no Rio São Lourenço.A empresa JBS ainda não retornou ao nosso contato até o fechamento desta matéria.

Redação TOP FM
Foto: JBS/arquivo
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